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Sejam bem vindos. O objetivo deste Blog é informar as pessoas sobre os mais variados assuntos, os quais não se vê com frequência nas mídias convencionais, em especial acerca dos direitos e luta da juventude e dos trabalhadores, inclusive, mas não só, desde o ponto de vista jurídico, já que sou advogado.

sábado, 11 de julho de 2009

V de Vingança:

“Você pode matar um homem, mas não um ideal”


Para os tempos de hoje, em que falar em terrorismo é quase um crime, um filme cujo o personagem principal é um terrorista herói é algo bastante instigante.

V, o codinome deste personagem principal, se enfrenta com um governo totalitário que oprime a todos, em uma Inglaterra do ano de 2020. Eleito como efeito colateral do medo da população de atentados praticados contra civis, tal governo suprime totalmente a liberdade, em nome da segurança nacional.

A remissão aos atentados de 11 de setembro de 2001 e à resposta norte-americana com a Guerra ao terror (que, ainda hoje, continua sob OBAMA, vide Afeganistão) é inevitável, sendo, em minha opinião, o principal ingrediente do filme.

Mas V não um super-herói como os tradicionais. Não tem vida dupla, é sempre o V, um sujeito que não é puritano como os heróis da Marvel, pois além do combate à tirania é também movido por sua sede sanguinária de vingança sobre aqueles que oprimiram no passado.

Lado outro, o que mais me agrada em V, o que também o diferencia dos terroristas tradicionais, é que ele defende a necessidade (e não é somente um detalhe) da ação das massas para as transformações sociais. V explode prédios, mas também incitar o povo a se rebelar contra o governo tirano.

Entretanto, afinal seria muito esperar isso de um filme americano, V se volta apenas contra a opressão causada pela falta de liberdade numa sociedade totalitária, silenciando-se, inclusive, em face à fome, desigualdade social, miséria e desemprego desta mesma sociedade.

Desta forma, os atentados de V se diferenciam, por exemplo, dos atentados do 11 de setembro de 2001, nos quais, mesmo acertando um importante símbolo do imperialismo, a morte de milhares de pessoas, entre elas muitos imigrantes, não se buscou nenhuma mobilização dos trabalhadores, o que deu mais fôlego a Bush e Blair em sua opressão contra as massas de todo o mundo.

Além da perfeita adaptação para o cinema (V de Vingança é uma história em quadrinhos), o destaque fica para a atuação de Hugo Weaving, o agente Smth da Trilogia Matrix e o Elfo Elrond de O Senhor dos Anéis, pois mesmo com o rosto coberto durante todo o filme por uma mascará estática de Guy Fawkes (um soldado inglês, católico, que, num ato contra o governo protestante da época, pretendia destruir o prédio do Parlamento britânico em 1605), conseguiu fazer um personagem cativante.

Aqueles que ainda não o assistiram, corram à locadora, pois V de Vingança é um filme que vale à pena ser visto.

Adriano Espíndola Cavalheiro, advogado, poeta, militante político (PSTU) e agora, crítico de cinema!

FICHA TÉCNICA:
V de Vingança Alemanha/EUA, 2006 – 132 min
Ação/Drama
Direção: James McTeigue
Roteiro: Andy Wachowski, Larry Wachowski
Elenco: Hugo Weaving, John Hurt, Natalie Portman, Tim Pigott-Smith, Stephen Fry, Stephen Rea, Rupert Graves, Sinéad Cusack

SEM TETOS DO MTST SE ACORRENTAM EM FENTRE A CASA DE LULA PARA EXIGIR MORADIA

Amigos e amigas,

Em uma ação ousada, que traz de novo à tona a luta direta como meio de pressão pelo cumprimento dos direitos constitucionais de dignidade humana, integrantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), parte orgânica da Conlutas (é a Conlutas não é apenas uma central sindical, mas também uma central do movimento popular), desde quarta-feira, dia 08 de julho, faz manifestação em frente à casa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em São Bernardo do Campo.

A manifestação, que congrega mais de 300 pessoas, é um protesto contra o descaso do Governo Federal nas políticas para o movimento social e contra a ineficência do programa Minha Casa Minha Vida, que frente ao déficit habitacional de nosso país, é insuficiente para atender o povo pobre.

Como parte do protestos, 07 pessoas se encontram acorrentadas em frente a casa de Lula em São Bernado, sendo que o movimento promete acorrentar um novo manifestante por dia até ter suas exigências atendidas!

São as revindicações do MTST ao Governo Federal:

1 – Desapropriação de terrenos ocupados pelo MTST. Em especial o terreno da ocupação Zumbi dos Palmares em Sumaré, que está ameaçado de despejo.

2 – Regularização fundiária do assentamento Anita Garibaldi para mais de 2000 mil famílias.

3 - Agilidade burocrática para as famílias do Acampamento Carlos Lamarca, a mais de 5 anos esperando resposta do governo.

4 – Participação ativa do Governo Federal nas negociações do MTST em todas as regiões e Estados onde o MTST está presente.

Contatos no local:

Guilherme: 78103196

Juarez: 78103197

Uranilson: 71048295

Como chegar:

Av. Francisco Prestes Maia, 1501 - Centro, São Bernardo do Campo - SP, 09770-000.

Com inforações do Coletivo de Comunicação – MTST www.mtst.org

Adriano Espíndola

Segue abaixo a “CARTA AO PRESIDENTE LULA” assinada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto.

CARTA AO PRESIDENTE LULA

Estamos aqui porque não temos casa para morar. Representamos milhares de famílias que estão em luta por uma moradia digna. Muitos de nós estão ameaçados de despejo, outros esperam há anos a construção de casas que foram prometidas. Temos participado de negociações e mais negociações, sem que haja solução para nosso problema.

Quando foi lançado o Programa “Minha Casa, Minha Vida” pensamos que seria enfim a oportunidade de conseguirmos nossas casas. Mas o que temos visto nos desanima. As construtoras, que tanto já ganharam em cima de nosso suor, só têm apresentado projetos para pessoas de renda média e alta. As 400 mil casas que foram prometidas para as famílias que, como nós, recebem menos de 3 salários mínimos, representam apenas 6% do déficit habitacional nessa faixa. Sem contar que já há mais de 2 milhões de cadastrados no país; e isto apenas considerando os municípios que abriram inscrição. Assim, vemos nosso sonho cada vez mais distante. E, o que é pior, despejos cada vez mais próximos.

Representamos 1.400 famílias da Comunidade Zumbi dos Palmares, em Sumaré, que estão com o despejo marcado para daqui a poucas semanas, sem que o poder público ofereça qualquer alternativa. Representamos 2.000 famílias da Comunidade Anita Garibaldi, em Guarulhos, que convivem com o fantasma do despejo e não encontram perspectiva para regularização do assentamento. Representamos 160 famílias da Comunidade Carlos Lamarca, em Osasco, que há sete anos esperam suas casas, sendo jogadas de um canto a outro como animais. Representamos ainda milhares de famílias das Comunidades João Cândido, Chico Mendes e Silvério de Jesus, espalhadas por Taboão, Itapecerica da Serra, Embu e Zona Sul de São Paulo, que há vários anos esperam o cumprimento de acordos firmados para terem acesso a suas casas. E estes não são todos os casos. Nossos irmãos de Manaus (AM), Boa Vista (RR) e Belém (PA), dentre outros, têm convivido com o descaso dos despejos.

Já estivemos ao longo destes anos inúmeras vezes na Caixa Econômica Federal e no Ministério das Cidades, além de Governos Estaduais e Prefeituras. Nada se resolveu. O que temos recebido de mais concreto são despejos. Por isso, hoje estamos aqui, acorrentados, num pedido ao Presidente Lula para que resolva essa situação, para que nos ajude a evitar os despejos e conseguir nossas casas.

MORADIA SIM, DESPEJO NÃO!

São Bernardo do Campo, 8 de julho de 2009.

MOVIMENTO DOS TRABALHADORES SEM-TETO (MTST)

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Recursos no Juizado Especial Federal Cível

Amigos e amigas,

Para os não advogados, peço desculpas pela postagem de hoje, extremamente jurídica, mas útil para meus colegas de profissão.

Sua fonte é o blog: JURIS FREE

Abraços,

Adriano Espíndola

Recursos no Juizado Especial Federal Cível

Os recursos cabíveis no Juizado Especial Federal Cível são aqueles previstos no artigo 41, da Lei 9.099/95 e nos artigos 14 e 15 da Lei 10.259/01.

Sobre o processamento dos recursos, conferir também o disposto na Resolução 390, de 17 de setembro de 2004, do Conselho da Justiça Federal, que dispõe sobre o Regimento Interno da Turma Nacional de Uniformização de Jurisprudência dos Juizados Especiais Federais.

Observar que todos os recursos devem ser obrigatoriamente subscritos por advogado, pois a partir da sentença a parte não pode mais dispensar a assistência desse profissional do direito.

Vejamos, de forma sintética, quais são os recursos.

1. Contra a decisão em medida cautelar:
Recurso inominado para a Turma Recursal
Prazo para interposição: 5 dias da intimação da parte
Prazo para resposta: 5 dias da intimação do recorrido

2. Contra a sentença definitiva:
Recurso inominado para a Turma Recursal
Órgão julgador: Turma Recursal
Prazo para interposição: 10 dias da intimação da sentença
Prazo para resposta (contra-razões): 10 dias da intimação

3. Contra o acórdão no recurso inominado:
Incidente de Uniformização de Turmas da mesma Região
Órgão julgador: Turma Regional de Uniformização de Jurisprudência
Prazo para pedido (razões): 10 dias da intimação do acórdão
Prazo para resposta (contra-razões): 10 dias
Incidente de Uniformização de Turmas de Regiões Diversas
Órgão julgador: Turma Nacional de Uniformização de Jurisprudência
Prazo para pedido: 10 dias da intimação do acórdão
Prazo para resposta (contra-razões): 10 dias
Recurso Extraordinário
Prazo para interposição: 15 dias da intimação do acórdão
Prazo para contra-razões: 10 dias

4. Contra o acórdão no Incidente de Uniformização de Turmas da mesma Região
Incidente de Uniformização de Turmas de Regiões Diversas
Órgão julgador: Turma Nacional de Uniformização de Jurisprudência
Prazo para pedido: 10 dias da intimação do acórdão
Prazo para resposta (contra-razões): 10 dias
Incidente de Uniformização ao STJ
Prazo para interposição: 10 dias da intimação do acórdão
Prazo para resposta (contra-razões): 10 dias
Recurso Extraordinário
Prazo para interposição: 15 dias da intimação do acórdão
Prazo para contra-razões: 10 dias

5. Contra decisão da Turma Nacional de Uniformização contrária à súmula ou à jurisprudência dominante do STJ
Incidente de Uniformização ao STJ
Prazo para interposição: 10 dias da intimação do acórdão
Prazo para resposta (contra-razões): 10 dias
Recurso Extraordinário
Prazo para interposição: 15 dias da intimação do acórdão
Prazo para contra-razões: 10 dias

6. Embargos de declaração (arts. 48 a 50 da Lei 9.099/95)
Não esquecer que podem ser interpostos embargos de declaração antes da interposição de qualquer um dos recursos acima, se houver na sentença ou no acórdão, obscuridade, contradição, omissão ou dúvida. Nos juizados especiais os embargos de declaração admitem a interposição na hipótese de dúvida, não previstas no art. 535, I, do CPC, que exclui a hipótese de dúvida como critério de admissibilidade. O prazo para interposição é de cinco (5) dias, contados da intimação da sentença ou do acórdão. Observar que, interpostos embargos de declaração da sentença, o prazo para interpor o recurso principal ficará suspenso (art. 50 da Lei 9.099/95) e não interrompido, como dispõe o art. 538 do CPC. Portanto, muito cuidado com essa diferença.


quarta-feira, 8 de julho de 2009

Prefeito de Ponte Nova quer entregar rio para multinacional por 1 milhão e 500 mil reais

Famílias organizados no MAB ocuparam ontem, 07/07, a Prefeitura de Ponte Nova para reivindicar do Prefeito, Joãozinho de Carvalho, revisão de sua postura de total apoio à implantação do projeto de barragem de Nova Brito, da Novelis, empresa com sede na Índia e industria de alumínio na histórica Ouro Preto, onde consome 140 MW, energia suficiente para iluminar uma cidade com mais de 2 milhões de habitantes, ou mais de 300 cidades de Ponte Nova; responsável, ainda, por imensas dívidas sociais e ambientais no entorno de Ponte Nova, principalmente nas barragens de Candonga, Fumaça e Brecha; e supostamente relacionada à grande incidência de câncer na cidade de Ouro Preto.

Representando o Prefeito - que estaria em viagem, segundo a sua assessoria Carlos Thiago, o Chefe de Gabinate, Sr. Vanderlei Ribeiro Ferreira, confirmou a proposta da empresa de barganhar com o Prefeito o apoio à barragem por 1 milhão e quinhentos mil reais, e se mostrou muito entusiasmado com a idéia, justificando que Ponte Nova precisa desses recursos para geração de empregos.

A tentativa de implantação prepotente da barragem de Nova Brito vem se arrastando há muito tempo. Inicialmente a empresa tentou construí-las às escondidas, sem audiência. Diante do insucesso, por causa dos protestos, ela se articulou com o Copam regional, que levou o julgamento da Licença Prévia para Espera Feliz, cidade distante 200 km do local da implantação da barragem, buscando claramente impedir a participação popular.

O embate entre a sociedade organizada e a Prefeitura se acirrou quando, por omissão e conivência, o Copam regional empurrou o processo de implantação da barragem para a esfera municipal. O Órgão licenciador condicionou a a Licença Prévia à derrubada de duas leis municipais (citar as leis), que declaram o trecho do Rio Piranga, inclusive o local da tentativa de implantação de Nova Brito, como área de preservação ambiental, o que impede intervenções impactantes.

Além da oferta de 1 milhão e quinhentos mil reais, o Prefeito alega estar perdendo recursos da ordem de 24 milhões, do Ministério das Cidades, por causa das restrições impostas pelas leis - recurso que, supostamente, seria usado para desassorear o Rio Piranga -, por isso está fazendo de tudo para derrubá-las.

O MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens) discorda das argumentações do Prefeito. Com ou sem a restrição da lei, o Ministério das Cidades não colocaria dinheiro num projeto de desassoreamento sem nenhuma base técnica e com sérias dúvidas quanto à sua eficácia, como solução para os problemas das cheias em Ponte Nova. A solução definitiva é a revitalização do rio, a retirada dos imóveis localizados praticamente dentro do seu leito, impedindo a vasão das águas, e a desativação da barragem da Brecha.

O Movimento discorda também da promessa de benefícios em troca da implantação da barragem. Primeiro porque um Gestor Público não pode ver um rio para uma empresa privada, patrimônio da natureza e de todo o povo. Em segundo lugar, há famílias amargando seus direitos fraudados até hoje em barragens da Novelis. Ela, que não paga sua dívida histórica com o povo, certamente não cumpriria, agora, as suas promessas.

O Argumento da Prefeitura de que se trata apenas de Nova Brito, e não do conjunto de barragens planejados para a região, também é falacioso. Na pespectiva das empresas, construir essa barragem é abrir as portas para as outras sim.

Flávia Pereira, lembrando a insegurança de toda a população de Ponte Nova com o risco da construção de Nova Brito, foi categórica: " Nos últimos anos muitas baragens estão se rompendo, e vocês serão responsáveis pelo que vier a acontecer com a construção de Nova Brito". E ainda expressou sua indignação com o fato de a Prefeitura ter chamado a Polília Militar para expulsar os trabalhadores do Prédio, que faziam uma manifestação pacífica. Geraldo Brisola, também do MAB, rebateu a idéia de que a discussão de Nova Brito deva se restringiar aos moradores do local, pois 'mexeu no Rio, todos somos atingidos', disse ele.

O MAB, juntamente com outros segmentos organizados da sociedade, vai ter pela frente um período de muitas lutas, em Ponte Nova e em todo o Brasil, fazendo das experiências de resistência, de conquista de direitos, o avanço para a construção de um Projeto Popular para o nosso país.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

domingo, 5 de julho de 2009

LISTA DE FAZENDAS E EMPRESARIOS RESPONSAVEIS PELO DESMATAMENTO E TRABALHO ESCRAVO NA AMAZONIA


Amigos e amigas leitores,

O GREENPEACE divulgou recentemente importante trabalho com a listas de latifundiários e empresários que estão devastando a Amazônia, por meio da pecuária, para produzir carne e couro para exportação (Europa, Estados Unidos, China, principalmente).

Novamente o agronegócio devastando a natureza para garantir o lucro de “meia dúzia” de capitalistas, a exemplo do que ocorre aqui no Triângulo Mineiro com a cana-de-açúcar dizimando o bioma cerrado.

Assim como ocorre em nossa região do Triângulo, onde assistimos políticas de renúncia fiscal por parte de governo em favor dos Usineiros e, ainda, governos, como o do município de Uberaba, desmontarem a legislação que protegeria o meio ambiente contra o avanço desordenado da cana, na Amazônia, acusa o Greenpeace, o governo Lula tá financiando a expansão da criação de gado.

“Para auxiliar a indústria pecuária brasileira a dominar o mercado global, o governo federal está investindo em todos os elos da cadeia de abastecimento – desde a produção na fazenda até o mercado internacional. Nos últimos seis anos, o governo Lula destinou R$ 340,3 bilhões ao apoio da agricultura e da pecuária no Brasil. 83% desse total, ou R$ 283,9 bilhões, foram destinados à agropecuária empresarial25. Diversos relatórios do Banco Mundial, do governo brasileiro e de institutos de pesquisa, e análises do Greenpeace mostram de forma consistente que a pecuária ocupa cerca de 80% de todas as áreas desmatadas na Amazônia brasileira.... Em vez de solucionar o problema, o governo federal e o Congresso cedem à pressão dos ruralistas para minar a legislação ambiental do país e incentivar o desmatamento. Exemplo disso é uma medida provisória30 apresentada pelo governo Lula para beneficiar pequenos posseiros. Piorada pelo Congresso, a MP, na prática, privatiza 67 milhões de hectares da Amazônia, premiando a grilagem,” afirma o Greenpeace, em seu relatório.

Ainda que eu tenha minhas reservas ao Greenpeace, vez que este grupo ambientalista divorcia a luta ambiental da luta por uma sociedade sem explorados e exploradores, é certo que, infelizmente, o Greenpeace está com a razão.

Abaixo apresento alguns dos fazendeiros e relatórios citados pelo Greenpeace como os maiores devastadores da Amazônia.

Veja o relatório completo em http://www.greenpeace.org.br/gado/FARRAweb.pdf

Adriano Espíndola

A- ALGUMAS DAS PRINCIPAIS FAZENDAS:

01- FazendA Rio Tigre, em Santana do Araguaia (tOCANTINS) - Está na lista suja do trabalho escravo.

02- FAZENDA Paragoiás, em São Félix do Xingu: Fica dentro de território indígena.

03- FAZENDA RIO VERMELHO, EM SAPUCAIA (PA): R$375,7 milhões em multas. PERTENCE À EMPRESÁRIA VERÔNICA DANTAS RODENBURG, IRMÃ DOBANQUEIRO DANIEL DANTAS (!!): NOVE DAS FAZENDAS DAS 21 MULTADAS ESTÃO EM SEU NOME (??!!). SOMANDO R$540 MILHÕES EM MULTAS (NO SURPRISES !!).

04 - Fazenda Itacaiunas (PA)

Localizada em Marabá, a Fazenda Itacaiunas pertence à Agropecuária Santa Bárbara Xinguara, uma das maiores empresas pecuaristas do Pará. A Santa Bárbara possui várias fazendas na região, controlando mais de 500 mil hectares de terra e um rebanho de meio milhão de cabeças de gado. Com uma área de mais de 10 mil hectares, a Fazenda Itacaiunas é especializada em cria de bezerros que são encaminhados para engorda em outras fazendas do grupo. Em 2008, esta fazenda foi responsável pela destruição de 1565 hectares de floresta para expansão de pastagens, reduzindo sua ‘area de reserva legal a apenas 30% - um limite bem abaixo do estipulado por lei.

Os animais da fazenda ocupam os 7 mil hectares desmatados da propriedade, que emitiu mais de 700 mil toneladas de CO2 na atmosfera com o desmate a queima dessa área.

05- Fazenda Eldorado do Xingu (PA)
A destruição de florestas tropicais é responsável por cerca de 20% das emissões mundiais de gases que contribuem com o efeito estufa, mais do que todo o setor de transportes do mundo. Só na Fazenda Eldorado do Xingu, pertencente à Agropecuária Santa Bárbara, 35 mil hectares de floresta foram destruídos para dar lugar a pastagens, lançando na atmosfera cerca de 3,5 milhão de toneladas de gases do efeito estufa. No final de 2008, centenas de cabeças de gado produzidas na Eldorado do Xingu foram comercializadas com o frigorífico Bertin em Tucumã.

06- Fazenda Espírito Santo (PA)

Palco recorrente de conflitos no campo, a Fazenda Espírito Santo também é estrela de crimes ambientais: 76% de sua área total já foi desmatada, um percentual bem acima dos 20% permitidos pela lei. Nos 10 mil hectares derrubados, a Agropecuária Santa Bárbara, atual proprietária da fazenda, mantém um grande rebanho bovino que é comercializado com o frigorífico Bertin em Marabá, da onde o couro e a carne se espalham por produtos vendidos no Brasil e no exterior.

07- fazenda Maria Bonita(PA)

Segundo o código florestal brasileiro, propriedades situadas na Amazônia só podem desmatar 20% de sua área, devendo manter 80% de cobertura vegetal original. No entanto, o que ocorre na Fazenda Maria Bonita é o inverso: os 6 mil hectares de floresta que foram destruídos equivalem a 92% de sua área total. Com um exemplo como esse é fácil entender porque a pecuária é o maior vetor de desmatamento na Amazônia, sendo responsável por um em cada 8 hectares desmatados no mundo.

08- Fazenda São Roberto (PA)

A fazenda da Agropecuária Santa Bárbara (do Banco Opportunity, de..... DANIEL DANTAS), que fica em Santana do Araguaia, ao sul de Marabá, recebe os bezerros da Itacaiunas. Aqui, o gado cresce até o momento de ser encaminhado para abate. Na região de Santana do Araguaia, a Santa Bárbara possui outras fazendas, como a Santa Ana, a Caracol e a Rio Tigre.

Todas foram multadas pelo IBAMA entre 2006 e junho de 2008 e deveriam realizar o replantio nas áreas desmatadas ilegalmente. No entanto, em agosto de 2008, uma operação do IBAMA revelou que não só as fazendas não haviam cumprido a ordem de replantio, como o gado continuava pastando nas áreas desmatadas.

A Agropecuária Santa Bárbara, que tem como acionista o Banco Opportunity (DANIEL DANTAS), é a dona da fazenda. A Santa Bárbara é uma das maiores fornecedoras de gado para os frigoríficos da Bertin no Pará. Investigações do Greenpeace confirmam a venda de 4600 animais de 5 fazendas diferentes do grupo pra a Bertin de Marabá, entre 2008 e 2009.


B- FRIGORIFICOS:

1- Frigorífico Bertin (Tucumã, PA)

Tem a capacidade de abater 500 animais por dia. A maioria dos animais que chegam até esta instalação vem de municípios campeões de desmatamento, como São Félix do Xingu, onde mais de 700km2 foram desmatados somente no ano passado. Isso equivale a uma área maior que a cidade de Curitiba. Desta unidade da Bertin, os produtos bovinos podem seguir para diferentes destinos, de acordo com a sua utilização final.

1.1. Frigorífico e Curtume Bertin em Conceição do Araguaia (PA)

Aqui a pele de animais abatidos nesta ou em outras unidades, como a de Tucumã, é processada até o estágio do couro conhecido como wet-blue. Este é o primeiro de uma série de processos pelo qual o couro passará antes de chegar ao produto final. Daqui, o couro seguirá em caminhões até a unidade da Bracol, a divisão de couros da Bertin, em Cascavel, no Ceará.

1.2. Complexo Industrial da Bertin em Lins (SP)

A Bertin é uma grande empresa brasileira de produtos e subprodutos bovinos como carne, couro, cosméticos, biodiesel e brinquedos de cachorro. Com uma capacidade de abate de 11.850 cabeças de boi por dia, a empresa já é a maior fornecedora de couro do mundo e continua expandindo com a ajuda de empréstimos do governo brasileiro, via BNDES, e do Bando Mundial, via IFC. Em Lins (SP), produtos vindos de todas as instalações localizadas na Amazônia e no resto do Brasil chegam ao maior complexo industrial da Bertin. A partir daqui, a carne e o couro frutos do desmatamento se misturam com àqueles produzidos no Nordeste, no Centro-Oeste e no Sudeste do país.

Além de unidades de processamento de carne e couro, a sede da Bertin conta com fábricas de biodiesel, sabões, detergentes, cosméticos, equipamentos de segurança e de brinquedos de cachorro. Dentre os clientes de cosméticos produzidos em Lins constam Unilever, Colgate Palmolive e Johnson & Johnson. Além disso, a Bertin possui suas próprias marcas de produtos de higiene e beleza, como a Ox, Phytoderm, Kolene, Neutrox e Francis

1.3. Frigorífico e Curtume Bertin em Redenção (PA)

De 1995 a 2006, o rebanho bovino do Pará aumentou 111%. Neste mesmo período, 31% de todo o desmatamento da Amazônia ocorreu neste estado e até 2007, o Pará já havia perdido cerca de 20% de sua cobertura florestal. Com o aumento do rebanho, as empresas frigoríficas também expandiram-se na região, abatendo e processando animais criados na Amazônia que são vendidos como produtos de carne e couro para todo o país. A unidade da Bertin em Redenção negocia com supermercados de todo o Brasil como Makro, Carrefour e a Companhia Brasileira de Distribuição/ Grupo Pão de Açúcar que engloba as marcas Pão de Açúcar, Extra, Compre Bem e Sendas

1.4. Marfrig Paranatinga e Tangará da Serra (MT)
Conecta fazendas de gado na amazônia à carne vendida pelo mundo através dos Frigorificos: Hulha Negra ( no Rio Grande do Sul), Osasco e permissão (Em São Paulo) e BATAGUASSU (No Mato Grosso do Sul) para os seguintes compradores em todo mundo:
ALDI DE
Allied Keystone
Apetito AG DE
Bolton Alimentari IT Logistics LLC AE
C 1000 NL
CDB Meats-Marfrig UK/DE
Dirk van de Broek NL
EDEKA DE
Green Isle Food IE
Inalca-Cremonini IT
Jan Linders NL
Kraft Foods IT
LIDL UK
Makro (Metro) NL
Metro DE
Oakfield Foods UK
REWE DE
Sampco-Bertin US/CA
SIZA Foods PVT LTD PK
SPAR NL
Tesco UK
Tupman Thurlow-JBS US
United Foods Services SA
Wal Mart US
Weston Importer-Marfrig UK
1.5. GRUPO JBS

A JBS possui 50% da divisão de produção de carne e subprodutos do Gruppo Cremonini. Entre seus clientes, o Gruppo Cremonini e fornecedor exclusivo da empresa ferroviaria Italian Railway (Trenitalia, EuroStar Group, Cisalpino AG) e fornece tambem

C- EMPRESAS

VEJAM AS EMPRESAS QUE SÃO COMPRADORAS DOS DERIVADOS DA CARNE “DO MAL”. VAMOS FICAR ATENTOS E TAMBEM NÃO CONSUMIR PRODUTOS DESSAS EMPRESAS ATE QUE ELAS TAMBEM TOMEM UMA INICIATIVA !

1- Curtume Bracol em Cascavel (CE) - A Bracol é uma marca da Bertin Couros que produz e comercializa peças em vários estágios. O couro é vendido para indústrias calçadistas, moveleiras e automobilísticas e é exportado principalmente a partir do Porto do Pecém, também no Ceará

A Bracol exporta couro para diversos países através do Porto do Pecém, tais como:

Estados Unidos – Aqui a Amazônia é transformada em bancos de couro para carros através da empresa Eagle Ottawa, que absorve 30% de suas exportações de couro e cuja fornecedora exclusiva é a Bertin. A Eagle Ottawa vende seus produtos para carros de marcas como Ferrari, Mercedes, BMW, Honda, Toyota, Audi, Volvo, General Motors e Ford.

Itália – Através dos grupos Rino Mastrotto e Gruppo Mastrotto, o couro da Amazônia chega aos sofás da IKEA e aos bancos dos carros Peugeot, Ferrari, Audi, Mercedes, GM, Ford, Volvo e Rover. Os mesmos grupos levam o couro de bois produzidos com desmatamento e trabalho escravo às roupas, bolsas e sapatos de luxo da Boss, Gucci, Prada, Louis Vuitton e Geox.


China e VietnamAqui o couro amazônico vira tênis de corrida através dos curtumes do grupo Hong Hong, que fornece para a Adidas/ Reebok, Nike, e Clark’s.

As investigações nos levaram por um tour mundiale para mais empresas que compram os derivados da “carne do mal” ( em ordem alfabética, com os paises ao lado)

obs.1.: Segundo o Greenpeace, estas empresas vêem a crise financeira como uma oportunidade para aumentar sua participação no mercado global. Sem o dinheiro do governo brasileiro, sua habilidade de continuar construindo um império comercial global, voltado para a exportação de produtos pecuarios da Amazônia, poderia ter sido reduzida e para reforçar, a participação brasileira no mercado global36, o governo esta disponibilizando recursos para expandir a infra-estrutura de processam
Albert Heijn NL
Annerstedt Flodin SE
Armour Foods DE
ASDA UK
Bekham Naz Co. IR
Bertin HK
Boni NL Wonder Best
Carrefour BR
Cash&Carry CH
CDB Meats –Marfrig UK/DE
Chateaux d'Ax IT
Conceria Priante IT
Dal Maso CHN
Delta Trade RU
DogBone Trading US
Eagle Ottawa US, MX, CN, HU
East Forward RS
Farm Food NL
Gruppo Mastrotto IT, ID
Hannaford US
Hartz Mountain Corp US
Heinz US
Heinz Wattie’s NZ
HIT DE
Inalca-Cremonini/JBS IT
Intl. Center for Foodstuff KW
JBS-Friboi NL/UK
JP HTL CN
Kaufhof DE
Kaufland DE
Knorr Trading
Kraft Foods Italy
KZ Hong CN
Makro (Metro) NL
Makro (SHV) VE
Marks & Spencer UK
Merlo Ercole IT
Metro DE
National Food SA
Natuzzi Spa IT
Nettorama NL Sampco-Bertin US
North Trade SE/FI Unilever DE
Oberto Sausage US
Pan Nordic DE
Plus DE
Princes Foods UK
Rino Mastrotto IT, VN
Safeway US
Sampco-Bertin US/CA
SMA (Auchan) IT
STAR - ITALIA
Südfleisch DE
Super de Boer NL
Tegut DE Hollings UK
Tengelmann DE
Tesco UK
Toennies Fleisch IT
Toledo DE/BL
Tong Hong VN
Tulip UK
Tupman Thurlow US
Unilever DE
VALIO ITALIA
Vestey FR
Vitakraft Pet Products US
Waitrose UK
Wal-Mart BR
Weddel RU Trump Asia

"Muita gente pequena, em muitos lugares pequenos, fazendo coisas pequenas, mudarão a face da Terra". (Provérbio Africano), mas apenas se se organizarem para desorganizar a ordem vigente (Adriano Espíndola c/c Chico Science).