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terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

PETROBRÁS: Para acabar com a corrupção e voltar a se fortalecer , ela tem que ser controlada pelos trabalhadores

Dilma apontou como saída para a crise na Petrobrás a indicação de um nome do mercado financeiro. Nós consideramos isso um grande erro porque não servirá para fortalecer a empresa, recuperar a confiança do povo brasileiro em sua maior estatal e acabar com a roubalheira.

Aldemir Bendine,ex-presidente do Banco do Brasil e novo presidente da Petrobrás, sempre foi fiel escudeiro dos interesses dos Governos do PT. Ele não será capaz de enfrentar a utilização política da Petrobrás e a corrupção que está tomando conta da empresa.

Bendine está sendo investigado pelo Ministério Público Federal em diversas denúncias sobre sua administração no Banco do Brasil, por não comprovar a origem de cerca de R$ 280 mil em seu patrimônio e por episódios em que teria realizado pagamentos e recebido altas quantias de dinheiro em espécie também sem declaração.

Para combater a corrupção na Petrobrás e voltar a fortalecer a empresa é necessário que ela seja 100% estatal e que seja controlada pelos trabalhadores e pelo povo brasileiro. Os escândalos de corrupção, o desinvestimento, o aumento dos acidentes e da precarização do trabalho na Petrobrás só podem ser explicados pela privatização que a empresa vem sofrendo.

As relações da Petrobrás com empresas privadas favorecem esse tipo de prática e mancham a imagem da empresa. Algumas das empreiteiras que foram indicadas na Operação Lava Jato são as mesmas que vem enriquecendo, com beneficiamento do Estado, às custas do povo brasileiro desde a ditadura militar, como é o caso da Odebrecht que até agora não teve nenhum de seus executivos preso.

Não podemos ter nenhuma confiança no novo presidente indicado por Dilma porque ele não serve para recuperar o papel da empresa como estatal. Bedine serve, na verdade, para reestabelecer a confiança do mercado e acalmar a situação para que as coisas possam voltar a ser como eram antes, com o patrimônio da empresa sendo dilapidado em benefício de partidos, empresas e indivíduos.

Para pôr fim a roubalheira e a corrupção é necessário que os trabalhadores possam conduzir a empresa. Nesse sentido, defendemos que se realizem eleições diretas para a presidência e para toda diretoria, que a empresa seja 100% estatal e que se restabeleça o monopólio estatal do petróleo.

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