Nesta eleição a direita – entendida como a representação da grande burguesia –não está representada apenas por Serra, mas também por Dilma. No Brasil, as grandes empresas estão divididas nas eleições. Um setor apóia Serra, o que é mais do que evidente nas empresas de TV e nos principais jornais. Mas a maioria do grande capital, no entanto, que inclui os banqueiros, as multinacionais, os governos imperialistas, apóia política e financeiramente as duas campanhas.
As duas são financiadas pela grande burguesia. A campanha de Dilma arrecadou bem mais que a de Serra, até agora. O dólar se manteve estável nas eleições, estando abaixo de R$ 1,70. Todos nos lembramos do dólar perto dos R$ 4 nas vésperas das eleições de 2002, quando a burguesia ainda temia o que podia ser o governo Lula. Agora o grande capital confia no PSDB... e no PT.
Votar Dilma ou Serra é manter o plano econômico neoliberal aplicado por FHC e continuado por Lula. É manter bloqueada a reforma agrária, como aconteceu no governo FHC e também no de Lula. É aceitar a ocupação militar do Haiti defendida por Dilma e Serra.
Votar em Serra seria votar junto com FHC, Cesar Maia, Yeda Crusius, velhas figuras da direita desse país. Votar em Dilma seria votar junto com Maluf, Collor, Sarney, Jader Barbalho, outras velhas figuras da mesma direita.
Não existe um “mal menor” nesse segundo turno. Votar em Dilma ou Serra vai fortalecer um deles para atacar com mais força os direitos dos trabalhadores. Um governo do PSDB ou do PT vai atacar duramente os trabalhadores quando a crise econômica internacional chegar novamente ao Brasil. Tanto um como outro já anunciaram sua disposição de aumentar a idade mínima para a aposentadoria. Cada voto dado em Dilma ou Serra é uma força a mais que eles terão para aplicar uma nova reforma da Previdência.
Cada voto dado em Dilma ou em Serra ampliará a força do novo governo eleito para atacar os trabalhadores. Não se pode esquecer a crise econômica internacional que se avizinha. Não é por acaso que tanto Dilma quanto Serra já manifestaram que vão implementar uma nova reforma da Previdência assim que eleitos.
Cada voto nulo nesse segundo turno significará menos força para o governo eleito. Foi impossível para a luta dos trabalhadores nessa conjuntura romper a falsa polarização eleitoral entre as duas candidaturas. Mas é necessário expressar nossa rejeição às duas alternativas patronais em disputa. Não serão eleitos em nosso nome.
1. Abraão Penha (DCET-I/UNEB)
2. Alessandro de Melo (Universidade Estadual do Centro-Oeste)
3. Alvaro Bianchi (IFCH/Unicamp)
4. Angela Santana do Amaral (UFPE)
5. Anita Handfas (UFRJ)
6. Antonio Rodrigues Belon (CPTL/UFMS)
7. Aurea Costa (Unesp/Bauru/SP)
8. Carlos Zacarias de Sena Júnior (FFCH/UFBA)
9. Cecília de Paula (FACED/ UFBA)
10. Claudia Durans (UFMA)
11. Cristiano Monteiro (Unianchieta-SP)
12. Cristina Paniago (UFAL)
13. Daniel Romero (IFBA)
14. Danilo Enrico Martuscelli (UFFS/Campus Chapecó)
15. Deribaldo Santos (FECLEC-UECE)
16. Denizalde Jesiél Rodrigues Pereira (Unemat/Sinop -MT)
17. Edmundo Fernandes Dias (professor aposentado IFCH/Unicamp)
18. Elizandra Garcia da Silva (ICSZ/UFAM)
19. Fábio José C. de Queiroz (URCA)
20. Fernando Frota Dillenburg
21. Flavio Bezerra de Farias (UFMA)
22. Francisco Augusto Silva Nobre (DF-URCA/CE)
23. Francisco Mata Machado Tavares (UFFS/Campus Chapecó)
24. Frederico Costa (FACEDI/UECE)
25. Geraldo do Nascimento Carvalho (UFPI/Campus Floriano)
26. Gonzalo Rojas (UACS/UFCG)
27. Hajime Takeuchi Nozaki (UFMS/Campus Três Lagoas)
28. Hector Benoit (IFCH/Unicamp)
29. Henrique Carneiro (FFLCH/USP)
30. Itamar Ferreira (FEM/Unicamp)
31. Ivo Tonet (UFAL)
32. Jadir Antunes (Unioeste)
33. José Antônio Martins (UFSC)
34. José Gonçalves de Araújo Filho (DEPRO-URCA/CE)
35. José dos Santos Souza (UFRRJ)
36. José Vitório Zago (professor aposentado –IMECC/UNICAMP)
37. Joselito Almeida (DEDC-II/UNEB)
38. Lelita Oliveira Benoit (CUSC/SP)
39. Lorene Figueiredo (Educação/UFF)
40. Luiz Fernando da Silva (Unesp/Bauru)
41. Marcelo dalla Vecchia (Universidade Federal de São João del-Rei/MG)
42. Marcelo Barreto Cavalcanti (CE/UFPE)
43. Marcelo Salles Batarce (Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul)
44.Márcio Naves (IFCH/Unicamp)
45. Maria Amélia Ferracciú Pagotto (rede particular de ensino superior)
46. Maria Cecília de Paula Silva (FACED/UFBA)
47. Maria Cecília Garcia (professora aposentada Mackenzie)
48. Maria Celma Borges (UFMS-Campus de Três Lagoas)
49. Maria Norma Alcântara Brandão de Holanda (UFAL)
50. Menandro Ramos (FACED/UFBA)
51. Nelson Prado Alves Pinto (IE/Unicamp)
52. Patrícia Maia (Unisa)
53.Patrícia Rosana Linardi (Faculdades Integradas Claretianas - Rio Claro)
54. Plínio Cavalcanti Moreira (UFOP)
55. Paulo-Edgar Almeida Resende (PUCSP)
56. Raquel Dias Araujo (CED/UECE)
57. Roberto della Santa (CeCa/UEL)
58. Rodrigo Dantas (UnB)
59. Rodrigo Duarte Fernandes dos Passos (UFPI)
60. Rodrigo Ricupero (FFLCH/USP)
61. Ruy Braga (FFLCH/USP)
62. Tânia Cristina Baptista Cabral PUCRS/RS)
63. Sílvio Camargo (IFCH/Unicamp)
64. Valério Arcary (CEFET/SP)
65. Vitor Wagner Neto de Oliveira (CPTL/UFMS)
66. Zuleide Fernandes de Queiroz (URCA)
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