Amigos e amigas,
Como todos sabem, através da seção Blogs que acompanho e indico, há no Defesa do Trabalhor, um atalho para o blog do companheiro Wilson Resende.
A presente postagem diz respeito a uma polêmica que estou tendo com o blog do camarada, em face de ataques feito ao partido que milito, o PSTU, no blog do mesmo.
Aos que se interessar, boa leitura.
O Bog do Wilson pode ser acessado clicando aqui.
Adriano
Como todos sabem, através da seção Blogs que acompanho e indico, há no Defesa do Trabalhor, um atalho para o blog do companheiro Wilson Resende.
A presente postagem diz respeito a uma polêmica que estou tendo com o blog do camarada, em face de ataques feito ao partido que milito, o PSTU, no blog do mesmo.
Aos que se interessar, boa leitura.
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Adriano
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Amigos e amigas,
Compartilhamos com vocês das criticas aos partidos políticos. Em verdade, via de regra, os partidos políticos servem para acomodar interesses dos diversos setores da burguesia ou de reformistas, traidores do movimento de massas.
Entretanto, há exceções nessa regra, principalmente entre aqueles que fazem do partido político um instrumento para se organizar para desorganizar a ordem vigente. Que utilizam a agremiação para recrutar e organizar militantes que estejam dispostos a doar, ao menos parte, de seu tempo para lutar contra o capitalismo. Nós do PSTU, nos orgulhamos de fazer parte desta exceção.
Sim, participamos das eleições, mas não acreditamos que elas mudam a vida, pois para nós, só a ação direta das massas, leia-se, povo na rua, é capaz de fazer isso. Porque então participamos do "circo eleitoral"? Porque o sistema que queremos quebrar e substituir por uma nova ordem, onde o homem não seja o lobo do próprio homem, condiciona (falo do velho sistema) as pessoas a acharem que tudo se resolve votando a cada dois anos.
Assim, a cada dois anos, como enviados à cova dos leões, estamos lá, no rádio e na televisão com nosso programa diário, nas ruas e fábricas com nossos panfletos, dizendo exatamente o contrário do que diz o sistema: que não adianta apenas votar, ma, ao contrário, que é preciso lutar e, desde as eleições, de dentro do coração do sistema, buscamos conscientizar as pessoas e , ainda divulgar as lutas dos trabalhadores e nossas concepções (programa) políticas, que, em resumo, pregam a necessidade dos trabalhadores serem classe para si e, deste modo, superarem o capitalismo, que é um sistema da burguesia, e não dos trabalhadoers, enquanto classe para si.
Mas as eleições não é nosso foco principal de atuação, ela é um ponto secundário para nossa atuação cotidiana.
Isso porque, como um partido da classe trabalhadora e da juventude, estamos inseridos no dia a dia das lutas de nossa classe. Vejam, por exemplo, que apesar de sermos uma organização minoritária da classe (lutamos para ganhar a maioria e e dirigir uma revolução social que supere o capitalismo), nossa atuação nas campanhas e atuação em defesa dos empregos dos trabalhadores demitidos, recentemente, da Vale e da Embraer. Vejam, nosso trabalho em metalúrgicos. Vejam, nossa dedicação em combater a invasão das tropas da ONU em Haiti (comandada pelo Brasil) ou o golpe militar em Honduras, inclusive enviando dirigentes nossos para se solidarizar com os povos destes dois países.
Definitivamente, amigos e amigas não somos um partido que faz do circo eleitoral sua razão de ser, pois eleger por eleger, fosse a nossa razão de ser, certamente seriamos, como o PT ou o PCdoB, mais um apêndice do governo Lula, inclusive com cargos na máquina pública.
Somos sim, uma organização de homens e mulheres que dedicam a vida na luta por uma nova sociedade, um sociedade sem classes, sem explorados e exploradores.
Por um outro lado, não somos infalíveis, cometemos, e creio que bastante, erros em nossos quinze anos de história no Brasil, enquanto PSTU e outros vinte anos, enquanto correntes que deram origem ao nosso partido. Afinal, nestes 35 anos de existência, temos em nossos quadros gente de carne e osso e não divindades infalíveis. Gente que reflete a realidade do meio que vive e que as vezes cometem erros refletindo-a na sua militância cotidiana.
Mas qual a nossa diferença dos outros, porque não nos tornaremos um novo PT, maior ícone da traição dos trabalhadores no Brasil atual? A diferença reside no fato de que reconhecemos nossas debilidades e erros e temos políticas conscientes para corrigi-las, para não nos degenerarmos.
Talvez daí, muitos não ficam no PSTU, como disse uma dos comentários feito no blog do Wilson, e vão para outros partidos. Saem ou são expulsos, porque entre nós não há espaço para oportunistas e traidores.
Há outras organizações e correntes partidárias que também podem ser incluídas na exceção que aponto no começo deste texto, o que vale à pena destacar para que não nos acuse como os donos da verdade suprema. Contudo, o que escrevo objetiva tão apenas fazer a defesa da organização, para a qual dediquei mais da metade dos meus 36 anos de vida, que vem sofrendo ataques infundados neste Blog do Wilson Resende.
Por isso, Wilson e demais companheiros leitores blog do Wilson Resende, peço pelo respeito que companheiro Wilson declara que ter por mim e por minhas opiniões, que busque separar o joio do trigo ao atacar o partidos, ou ao menos, você Wilson, que é o responsável pelo o que aqui se pública, que não coloque o PSTU no mesmo rol exemplificativo de suas mensagens como exemplo do que não se presta.
O respeito que tem por mim é o mesmo que tenho por você, sendo que peço que respeite minha organização, o PSTU, da mesma forma que me respeita e que respeito você.
Saudações Fraternais,
Adriano Espíndola
Militante do PSTU, advogado e blogueiro.
9 comentários:
O PSTU E AS ELEIÇÕES:
As eleições municipais 2008 foram marcadas pela enorme frieza da massa trabalhadora com os candidatos. Cresceu o voto nulo, branco e as abstenções. Além disso, a maioria dos que votaram o fizeram sem grandes expectativas, escolhendo o candidato que representa o “mal menor”, etc. Ao mesmo tempo, a esquerda que apresentou candidatos, através do PSOL, PSTU e PCB, saiu extremamente derrotada do processo.
A pior e mais importante derrota é a política. Nós achamos tático intervir no processo eleitoral, desde que isso esteja a serviço de avançar a luta e a consciência dos trabalhadores. Ao contrário disso, o conteúdo das candidaturas da “Frente de Esquerda” foi muito pior do que o já defendido nas eleições de 2006, com Heloísa Helena de candidata à presidente. Lá, o programa já era nacional desenvolvimentista, em defesa da burguesia produtiva e contra várias bandeiras históricas da classe trabalhadora. O que tinha de proposta de mudança não entrava em choque em nenhum momento com o sistema capitalista. Portanto, era um programa burguês, ainda que defendido também por trabalhadores e pela esquerda.
O PSTU, que já expressou candidaturas contra tudo que está aí, serviu de ala esquerda das candidaturas de Frente Popular do PSOL por todo o país. Abriu mão de ter candidatos em muitos lugares e de seu programa nos demais. Aplicando a nova "teoria" e orientação interna de "não desprezar o voto", e rejeitar rótulos como "Contra burguês, vote 16" e "Não queremos só seu voto, mas você na luta", o PSTU jogou-se para conseguir votos nesta eleição. Em muitas cidades, fez materiais caros, adesivos, cartazes e até banners, todos eles com o número bem destacado e o rosto do candidato. Só faltavam as tradicionais palavras de ordem, a política!
Mesmo com a preocupação eleitoral exaltada, o resultado eleitoral foi o pior de todos! O PSTU não elegeu ninguém, e diminuiu drasticamente sua votação. Foi engolido pelo PSOL e perdeu votos para o nulo ou branco também.
Em BH, apoiado pelo PSOL, fez 0,57% dos votos válidos e 0,4% do eleitorado. Nos outros locais, foi 0,8%, 0,4%, 0,2% do eleitorado. Somente em uma capital, mais de 1% do eleitorado votou no PSTU, Aracaju, uma das mais inexpressivas politicamente. Mesmo onde foi "bem", como São José dos Campos (3,47% válidos e 2,8% total), já tivera uma votação grande em 2004, e é muito pouco para um pleito com poucos candidatos, sem disputa com o PSOL, e onde dirige muitos sindicatos.
O PSTU E O PSOL:
Ao contrário do que fazia anteriormente, quando o PSTU era um partido que denunciava as eleições, principalmente no próprio processo eleitoral, e combatia o reformismo e oportunismo, agora se omite e capitula grosseiramente diante das traições do PSOL.
Em 2005, o PSTU falava com todas as letras, publicamente, que o PSOL representava a reedição do PT, que era um partido oportunista, etc. Isso mudou já nas eleições 2006, pois o PSTU foi o principal impulsionador da Frente Popular de Esquerda, mesmo sabendo que o programa seria de defesa da burguesia e contra os trabalhadores.
Nessas eleições, diante da quebra da independência de classe, com o PSOL se coligando com empresários, aceitando dinheiro da Gerdau, o PSTU deveria ter rompido publicamente com a frente a nível nacional e ter discutido com os trabalhadores o porquê. Isso não só era necessário como seria extremamente educativo para a população. Os trabalhadores já desconfiam dos partidos eleitoreiros, que se vendem para tentar eleger seus candidatos. O correto era aproveitar esse momento e, através do exemplo concreto da traição, fazer o máximo de pessoas entenderem que o PSOL também é igual a todos eles. Inclusive, a maioria dos vereadores eleitos pelo PSOL foi através de coligações com a burguesia.
Infelizmente, o PSTU não fez esse enfrentamento coerentemente e insiste na frente popular junto com o novo velho partido. O preço que paga por isso é o de abdicar de um programa e um perfil revolucionário nas eleições.
Ainda que em menor grau, o PSTU também semeia ilusões no voto e na democracia burguesa, tudo em nome de uma coligação que poderia dar-lhe em troca a eleição de algum deputado ou vereador. Porém, e essa é a segunda derrota (a eleitoral), o PSTU mais uma vez não elegeu ninguém, e teve uma das piores votações de sua historia recente.
É irônico, mas real. Quando aumenta o espaço para se desmascarar a farsa das eleições, a esquerda faz o contrário e se torna mais eleitoreira do que nunca. O resultado disso foi uma derrota política, pelo conteúdo que defenderam, e numérica, pela votação que fizeram.
O PSTU não é mais partido revolucionário,por isto fundamos o Movimento Revolucionário. Nosso partido é fruto da reorganização de lutadores com diferentes trajetórias. Inicialmente fizeram parte desse movimento um grupo de militantes que foram expulsos do PSTU em fins de março e início de abril de 2007, aos quais se somaram outros revolucionários que compreendem a necessidade da construção de uma organização revolucionária como única forma de dar continuidade e levar até as últimas conseqüências os desafios que estão colocados diante do conjunto da classe trabalhadora e de todos os setores explorados da sociedade.
Após a falência do PT e de seu projeto que iludiu a classe, dizendo que por meio das eleições era possível melhorarmos a vida, e diante da ofensiva imperialista sobre os trabalhadores, é fundamental uma organização que aprofunde a luta contra os ataques que o capitalismo faz à classe trabalhadora.
diversas organizações abandonaram a concepção marxista revolucionária de partido e aderiram ao caminho mais fácil das capitulações as Frentes Populares,entre eles o PSTU,
esse fenômeno mais conhecido como vendaval oportunista varreu o conjunto da esquerda e até hoje pressiona as organizações a seguirem este rumo.
Nós, ao contrário da maioria da esquerda, achamos que a realidade confirma o que sempre defendemos: a necessidade de uma revolução socialista e de um partido revolucionário para dirigir este processo.
Viva a classe trabalhadora!
Viva o socialismo!
Viva a revolução mundial!
O PSOL em Porto Alegre foi financiado pelo cão capitalista cretino, sanguinário, assassino e explorador Jorge Gerdau,como o PSTU coligou com o PSOL entendemos que este partido também foi financiado.
Camarada do Movimento REvolucionário
Vou, em breve responder sua msg e promove-la a um post principal no blog, o farei assim que ter tempo, o mais breve possível.
Já o camarada anomimo, além de ser equivocada sua assertiva, uma vez que não apenas não nos coligamos com o PSOL em Porto Alegres, mas fomos nos que denunciamos a financiamento do PSOL de Porto Alegre pela Gerdau. Para continuar o debate, peço que se identifique
Para estar no PSTU, não basta ser apenas um lutador. É necessário ter acordo programático e ter como principal objetivo a transformação social do país. É precisa ser um REVOLUCIONÁRIO.
Marcia Regina.
Gostei do post Adriano,bem explicativo para os "leigos" do socialismo rsrsrsrs
Concordo com vc Adriano...
Agora sobre o que Luiz falou:
Isso é nada menos nada mais do que uma conseguência natural do sistema capitalista.Por que os "proletariados de marmita" não estão no movimento?O sistema tornou esses proletariados seus escravos,afastando esses dos movimentos anti seus.
Então o que resta no movimento revolucionario, hoje em dia, são militancias daqueles que conhecem ou tem proximidade com a teorias revolucionarias. E muita vezes esses caras foram beneficiados pelo sistema,capitalista, e mesmo assim optaram por dedicar seu tempo em lutar a favor de uma politica das massas ,ou pelo menos em favor da ciência do proletariado.
Mesmo assim há riquinhos dos sindicatos ou Dces,que são de classe media ,mas pega o historico de seus pais para ver.
E é importante destacar que o funcionario plúbico e os trabalhadores de classe média são também proletariados.
Abração revolucionario.
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