Antes de o Brasil extrair o seu primeiro barril de petróleo, o povo brasileiro foi às ruas e garantiu o monopólio estatal do petróleo para o Brasil. Era apenas um sonho. Nasce a Petrobras.
Na primeira fase histórica de exploração e extração do petróleo do Brasil, a Petrobras faz bom uso das forças produtivas da nação brasileira, constituída da riqueza petrolífera produzida pela natureza, da técnica e dos esforços efetivos dos trabalhadores brasileiros. Na região Norte-Nordeste do Brasil, a Petrobras descobre petróleo nas bacias sedimentares do Recôncavo, Sergipe e Alagoas, Rio Grande do Norte e Ceará e no Amazonas. Todas essas bacias ainda abastecem de petróleo o Brasil e já atingiram o pico de petróleo. Ou seja, já estamos consumindo a segunda metade da reserva de petróleo produzida pela natureza para o povo brasileiro no Norte-Nordeste do Brasil.
Na segunda fase histórica de exploração e extração do petróleo do Brasil, a Petrobras acha acumulações de petróleo em águas profundas da bacia de Campos. Apesar da existência dos contratos de riscos, nenhuma contribuição efetiva foi dada pela Big Oil. Hoje, já estamos consumindo a segunda metade da reserva de petróleo produzida pela natureza para o povo brasileiro no Sudeste do Brasil.
Ainda na primeira fase histórica de exploração e extração do petróleo do Brasil, o primeiro Pré Sal encontrado no Brasil foi o Campo de petróleo de Carmopólis, em 1963. Descoberto o campo gigante de petróleo de Carmopólis, deflagra o golpe militar.
Na segunda fase histórica de exploração e extração do petróleo do Brasil, os contratos de riscos são firmados quatorze anos depois do golpe militar, ocorrido no Brasil, no governo Geisel. As Big Oil nada investem. E a Petrobras descobre a bacia de Campos, bancada com o hercúleo sacrifico do povo brasileiro.
A comprovação dos esforços efetivos realizados pelos trabalhadores petroleiros do Brasil é mostrada no histórico da curva de extração de petróleo em todas as bacias sedimentares brasileiras.
Desde 1954 até hoje, o que existem de fato já extraído (10,7 bilhões de barris) e ainda previsto para extrair (13,3 bilhões de barris até 2020) pela Petrobras das reservas de petróleo achadas no Brasil, é o resultado da lei 2004 que estabeleceu o monopólio estatal para a Petrobras.
E o agente principal dessa tão necessária ação para o Brasil foram os trabalhadores (as), cuja imensa maioria hoje está aposentada e é a mais perseguida pela Petrobras, por tanto, injustiçada, sem o mínimo dos reconhecimentos pelo trabalho já concretizado que garantiu a auto-suficiência do Brasil.
A Petrobras tem dado aos aposentados (as) apenas ingratidão pelo benefício recebido. A Petrobras tenta arrancar da memória deste país a importância histórica destes trabalhadores (as) na curva de extração de petróleo de todas as bacias sedimentares brasileiras.
O tratamento dado pela Petrobras aos trabalhadores que ainda não se aposentaram não é diferente do concedido aos aposentados (as). Nenhuma atenção é prestada a ambos por parte da Petrobras.
A proposta apresentada pela Petrobras “está abaixo do Pré Sal”; “Ganho ZERO, Social NADA”. A proposta informada é o sintoma da preparação da privatização da Petrobras com a criação da PetroSal. A PetroSal significa o fim da Petrobras.
Essa é a primeira das provas que estabelece a verdade de que os frutos do Pré Sal podem não ser servidos na bandeja ao povo pobre brasileiro como anda dizendo o governo Lula.
Portanto, nada a comemorar.
(texto de Dalton F. Santos – Geólogo e Diretor do Sindipetro ALSE)
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