Valerio Arcary, professor do IF/SP (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia), doutor em história pela USP.
A tendência objetiva da evolução capitalista para tal desenlace (uma crise última) é suficiente para produzir muito antes uma tal agudização social e política das forças opostas que terá de pôr fim ao sistema dominante […] Se, pelo contrário, aceitarmos, como os “especialistas”
Rosa Luxemburgo
A crise econômica deu um salto de qualidade em 2008 com a falência do Lehmann Brothers, e a confirmação de que os EUA estavam atravessando a mais será recessão desde os anos trinta do século XX. Todos os indicadores econômicos, do primeiro trimestre de 2009, sobre a retração da atividade industrial, redução do comércio mundial, e resgate estatal emergencial de corporações ameaçadas de falência, como a GM - entre outras - e bancos como o Citi – entre muitos outros - permitem concluir que se trata da recessão mais séria depois do final da Segunda Guerra Mundial. Inserida nas hipóteses de cenários previsíveis, liberais e keynesianos não descartam a possibilidade de uma depressão mundial. Economistas insuspeitos de antipatias pelo capitalismo, como Joseph Stiglitz e Edward Prescott, admitem que a economia norte-americana pode ter pela frente uma década inteira de estagnação, como o Japão nos anos noventa.[2] Os marxistas não podem ser, portanto, acusados de catastrofismo.
Desemprego ou inflação?
O epicentro da crise foi e continua sendo os EUA, mas o contágio global foi fulminante e já atingiu a Europa e o Japão no segundo semestre de 2008. O Brasil não foi poupado, e aqueles que se dedicaram durante meses a defender a tese do descolamento refugiam-se, discretamente, no elogio da redução das taxas de juro pelo Banco Central...
Leia o restande do texto fazendo cópia do mesmo em
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Um comentário:
Parabéns pelo blog, é muito bom.
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