Há homens que lutam um dia, e são bons
Há outros que lutam um ano, e são melhores
Há aqueles que lutam muitos anos, e são muito bons
Há outros que lutam um ano, e são melhores
Há aqueles que lutam muitos anos, e são muito bons
Porém há os que lutam toda a vida
Estes são os imprescindíveis!
(Bertolt Brecht)
Estes são os imprescindíveis!
(Bertolt Brecht)
O assassinato do casal José Luís e Rosa Sundermann completará 15 anos no dia 12 de junho de 2009.
Os dois eram funcionários da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) e militantes do recém fundado PSTU. José Luís era da direção do Sindicato dos Servidores Técnico-Administrativos da UFSCar (SINTUFSCar) e da direção nacional da Federação Nacional dos Servidores Técnico-Administrativos das Universidades Federais (FASUBRA); Rosa havia sido eleita para a Direção Nacional do PSTU, uma semana antes.
O casal de militantes era exemplo na luta por um mundo justo, sem opressão e exploração. Nunca se limitaram a atuar dentro dos “muros” da Universidade, ao contrário, estavam sempre envolvidos nas mobilizações dos trabalhadores da cidade e da região, como por exemplo, nas lutas dos cortadores de cana e trabalhadores da colheita da laranja.
Os dois eram funcionários da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) e militantes do recém fundado PSTU. José Luís era da direção do Sindicato dos Servidores Técnico-Administrativos da UFSCar (SINTUFSCar) e da direção nacional da Federação Nacional dos Servidores Técnico-Administrativos das Universidades Federais (FASUBRA); Rosa havia sido eleita para a Direção Nacional do PSTU, uma semana antes.
O casal de militantes era exemplo na luta por um mundo justo, sem opressão e exploração. Nunca se limitaram a atuar dentro dos “muros” da Universidade, ao contrário, estavam sempre envolvidos nas mobilizações dos trabalhadores da cidade e da região, como por exemplo, nas lutas dos cortadores de cana e trabalhadores da colheita da laranja.
Como foi o crime
Luís e Rosa foram encontrados mortos em casa, às 3h30min. A porta da casa estava aberta, as luzes acesas e a televisão ligada. José Luís estava caído de lado, com duas perfurações de bala no lado esquerdo da cabeça. Provavelmente, ele estava sentado em frente à televisão, quando o assassino entrou, pela porta aberta, e acertou-lhe fatalmente a cabeça. Rosa estava caída ao seu lado. Possivelmente ela viu José Luís ser morto e tentou se defender; o primeiro tiro atingiu-lhe o antebraço; como não a matou, o assassino aproximou-se, quebrou-lhe o maxilar, com a coronha do revólver, encostando a arma em sua cabeça e atirando.
Não houve a preservação do local do crime, as fotos policiais saíram “queimadas”, absolutamente nada foi roubado da casa, sequer talões de cheque ou cartões de crédito. Tudo isso pode ser constatado no Inquérito Policial, aberto há quase 15 anos.
Após 15 anos, a impunidade continua
O Instituto José Luís e Rosa Sundermann, diversos movimentos populares, entidades sindicais e estudantis, familiares, especialistas em direitos humanos, parlamentares, a Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo e a Ordem dos Advogados do Brasil pressionaram para que a investigação fosse efetiva e que fossem detectados e responsabilizados os culpados. No entanto, sempre houve resistência policial, a ponto de chegarmos na absurda situação de após 15 anos dos fatos sequer uma pessoa ter sido indiciada!
Uma denúncia por negligência governamental na apuração deste crime foi protocolada na Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), ligada à Organização dos Estados Americanos (OEA). No dia 16 abril de 2007, o então Secretário Executivo desta Comissão, Santiago A. Canton, informou que o Estado brasileiro havia sido notificado, sendo que deveria, como decorrência, pronunciar-se sobre o caso, o que não foi feito até hoje!
Uma denúncia por negligência governamental na apuração deste crime foi protocolada na Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), ligada à Organização dos Estados Americanos (OEA). No dia 16 abril de 2007, o então Secretário Executivo desta Comissão, Santiago A. Canton, informou que o Estado brasileiro havia sido notificado, sendo que deveria, como decorrência, pronunciar-se sobre o caso, o que não foi feito até hoje!
A contínua criminalização dos movimentos sociais...
Sob o Governo Lula, o caso Sundermann não avançou um milímetro. Não bastasse isso, o que temos visto nos últimos anos é uma continuidade da criminalização dos movimentos sociais, sejam eles do campo ou da cidade: assassinatos (Osvaldo Pereira, Paulo Santos Souza, Dorothy Stang, Raimundo Nonato, Gildeson Cardoso Santana, Gildo da Silva Rocha, só para constar alguns nomes), prisões de militantes, tentativas de homicídio e agressões, repressões policiais às greves e manifestações, demissões de militantes... Infelizmente, são muitos os casos de criminalização daqueles que lutam e impunidade aos autores de tais atos... Mas isso, de forma alguma, intimidará ou freará nossas mobilizações!
A necessidade de fortalecer a luta por um mundo onde não haja exploração e opressão!
O Governo Lula, que foi a esperança de muitos quando o assunto era melhoria das nossas condições de vida, demonstrou ser incapaz de tais mudanças. E foi além: deu continuidade à criminalização daqueles que lutam, seja pela manutenção de direitos, seja por melhores salários, seja por um pedaço de terra, assim como foi incapaz de, minimamente, investigar e por na cadeia aqueles que tiraram à vida de pais e mães de família que militaram pela transformação dessa sociedade por demais injusta.
Esse fato apenas reforça a necessidade em continuarmos lutando, pois somente a organização dos trabalhadores e da juventude é que poderá efetivamente eliminar as desigualdades próprias da sociedade capitalista.
Devemos honrar a luta travada por aqueles que deram suas vidas nessa busca constante pela construção de uma sociedade igualitária!
Participe:
ATO PÚBLICO
Em Memória de José Luís e Rosa Sundermann
Dia 16/06/2009, terça-feira, 9:00hs
No Saguão da Reitoria da UFSCar
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