Poema da MENTE
É um prefeito que mente,
Mente de corpo e alma,
completa/mente.
E mente de maneira tão pungente
Que acho que ele, mente
sincera/mente,
Mais que mente,
sobretudo, impune/mente...
Indecente/mente.
E mente tão nacional/mente,
Que acha que mentindo história afora,
Vai nos enganar eterna/mente.
adaptação de poema de mesmo nome de
Affonso Romano de Sant`Anna
Em primeiro lugar queremos agradecer as 4.379 pessoas, que apesar do peso do voto útil potencializado pelo poder econômico – foram quase R$10 milhões gastos pelos outros dois candidatos –confiaram em nossas propostas políticas e optaram pelo 16 de Adriano Espíndola e do PSTU nestas eleições. Agradecemos, também, as centenas de votos que tivemos em nossa legenda para vereador, bem como em Célia Campos, a candidata a vereadora do PSTU na Frente que formamos com o PSOL.
Cada um destes votos é extremamente importante, não foram votos perdidos, pois eles fortalecem o projeto político sustentado por nossas candidaturas, qual seja, a solução dos problemas vividos pela maioria da população de nossa cidade, a partir da ótica dos trabalhadores, apontando para uma perspectiva de uma nova sociedade, uma sociedade socialista.
Temos clareza que esses votos não foram dados apenas para o PSTU, mas também para o PSOL, com o qual estivemos coligados, formando a Frente de Esquerda dos Trabalhadores. O PSOL participou da Frente apresentando o nome de José Eustáquio Reis para vice-prefeito e o nome de Renan Delilian para vereador.
Todavia, essa carta é uma iniciativa apenas do PSTU, uma vez que até o momento, não houve oportunidade de fazer um documento em comum com os companheiros do PSOL.
Neste contexto, não temos dúvidas em afirmar, que obtivemos uma grande vitória política, ainda que ela não tenha significado uma vitória eleitoral, afinal. para além dos 4.379 uberabenses - que significa cerca de 3% dos votos válidos de Uberaba - que nos deram seu aval político, optando pelo 16 nestas eleições, outra parcela importante de Uberaba (21% do eleitorado), segundo as pesquisas eleitorais realizadas pelos outros dois candidatos ou por grupos econômicos a eles ligados, esteve propensa a votar em nossa candidatura.
Entretanto, as regras eleitorais ditadas pela burguesia de nosso país, fizeram que o peso do voto útil - potencializado pelos milhões de reais despejados pela elite e pelos usineiros de nossa cidade e região nas candidaturas de Anderson Adauto e Fahim - falasse alto nestas eleições, fazendo com que esse alto índice de eleitores que simpatizaram conosco, acabasse votando nas candidaturas destes dois senhores. Em outras palavras, muitos concordaram conosco, mais acabaram não votando 16, uma vez que pretendiam “ganhar as eleições”.
Esta, aliás, o voto útil é o que explica, a reeleição de Anderson Adauto à prefeitura de Uberaba, um político envolvido em diversos casos de corrupção, réu no processo do mensalão e em quatro ações por improbidade administrativa, por atos de corrupção na sua atual gestão frente a prefeitura municipal.
Explica, também, a vitória de Adauto, o uso indiscriminado de pesquisas como forma de convencimento do eleitorado, e, principalmente, do uso da máquina administrativa, inclusive, deixando para os últimos meses de seu governo o início de diversas obras, para iludir os setores menos esclarecidos da população. Não houvesse o acidente ambiental com o trem da FCA, que resultou, por parte da ferrovia, na construção de diversas obras para compensar os transtornos sofridos por todos, boa parte das obras apresentadas por Adauto como de sua responsabilidade, simplesmente inexistiriam.
A elite de Uberaba usou e abusou das regras eleitorais, feitas para que as eleições sejam vencidas pelos candidatos dos ricos e, mais uma vez, conseguiu eleger um de seus representantes. Para tanto, nossa burguesia gastou milhões de reais, sem contar eventual caixa 2 que Anderson Adauto declarou considerar uma prática normal.
O PSTU, lado outro, é o único partido no país inteiro que pode se orgulhar de não receber financiamento dos grandes empresários e que tem sua campanha financiada exclusivamente pelas doações dos trabalhadores. Em Uberaba não foi diferente, enfrentamos os milhões dos candidatos das elites, apenas com cerca de 6 mil reais, dinheiro arrecadado junto aos trabalhadores e pequenos profissionais liberais, principalmente advogados que atuam com Adriano na Justiça do Trabalho.
Mas como dissemos, não saímos derrotados, do ponto de vista político, destas eleições. Afinal, o PSTU, não é um partido que vive para as disputa eleitorais. Acreditamos que as mudanças que necessitam os trabalhadores e a maioria da população de Uberaba e de nosso país não virão simplesmente com a eleição ou não de determinado candidato. As mudanças necessárias em nossa sociedade serão frutos da mobilização permanente da maioria do povo explorado e dos trabalhadores por seus direitos. É a luta entre as classes sociais, a luta de classe, o motor o que move a sociedade para adiante.
Por isso, nossa prioridade é, e sempre será, a luta direta da classe trabalhadora, sendo que a nossa participação nas eleições sempre estará subordinada a essa luta. Atuamos nas eleições para popularizar um programa socialista e revolucionário perante milhões de pessoas. Não rebaixamos nossas posições para eleger nossos candidatos, abrindo mão de nosso programa e objetivos.
Os outros partidos, ao contrário, querem se eleger e chegar ao poder através das eleições, não importa como. É o vale-tudo na política. Todos os partidos no Brasil, inclusive os supostos partidos socialistas e comunistas, se transformaram em meras máquinas eleitorais, deixando de lado as lutas e organizações dos trabalhadores.
Não sem motivos, a luta dos servidores municipais contra os desmandos de Anderson Adauto, a dos trabalhadores do transporte coletivo e dos professores da Rede Estadual tiveram lugar privilegiado em nossa campanha, pois não abrimos mão de defender a classe trabalhadora e privilegiar suas lutas.
Por isso afirmamos: Fizemos uma campanha séria, honesta, sem manchas. Poderíamos, a exemplo do que fez o PT, o PCdoB ou mesmo o PPS, partidos que muitos acreditam de esquerda, se aliar a um dos outros dois candidatos que disputaram conosco a prefeitura. Assim, estaria garantida a eleição de nossos candidatos a vereador e, ainda, cargos no secretariado de governo. Poderíamos, também, ter recebido dinheiro de grandes empresários e dos usineiros de nossa região. Se, entretanto, assim houvéssemos agido perderíamos nossa razão de ser, seríamos apenas mais um partido da ordem, parte da esquerda que traiu a classe trabalhadora.
Desta forma, no próximo período vamos usar todas as nossas forças, o nosso trabalho no movimento social, para transformar em lutadores do movimento sindical e popular, os homens, as mulheres e os jovens de nossa cidade, que votaram ou pensaram em votar 16 nestas eleições, pois, temos certeza, que com apenas a população organizada, lutando por seus direitos, será possível tornar realidade medidas que efetivamente atenda os interesses da maioria da população, dos trabalhadores de nossa cidade.
Assim, não vamos cruzar os braços. Organizar o movimento social e popular de Uberaba, fazendo dele um fator decisivo para a construção de oposição classista a Anderson Adauto, Aécio Neves e Lula é a próxima tarefa que iremos encarar com imenso prazer e disposição, pois temos certeza que só a luta muda a vida!
Por isso tudo, chamamos vocês - jovens, trabalhadores, donas de casas, pequenos comerciantes, servidores públicos e profissionais liberais - que acreditaram em nossas propostas, simpatizaram conosco nestas eleições, para nos ajudar nessa luta.
Entrem em nosso partido. Venham lutar com a gente para revolucionar a sociedade em que vivemos. Venham lutar por um mundo novo, pelo socialismo!
Até a vitória, SEMPRE!
Adriano Espíndola e Célia Campos, pela direção municipal do PSTU, candidatos a prefeito e vereadora pelo PSTU, em Uberaba, nas eleições municipais de 2008.
www.pstu.org.br
defesadotrabalhador@terra.com.br
uberaba@pstu.org.br
(34) 3312-5629
Nenhum comentário:
Postar um comentário